passei a ferro o tecido do íntimo. um ou outro vinco, poupei-os, reconhecendo valor sentimental e documental. as dobras mais insistentes das expectativas foram alisadas, esbatidas, eliminadas. pelo menos até que o uso as faça ressurgir, nos locais habituais. tenho a louça do coração limpa e polida, a postos para a refeição vindoura. o sorriso está em flor, suas pétalas frescas acolherão os teus passos inaugurais. os olhos abrem-se para entrar o ar por toda a casa. e nos braços a seiva corre como a água do rio em que lavo os lençóis da cama.