quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

medula

desde o primeiro beijo que habitas em mim. como pulmões de um mesmo corpo, respiramos no mesmo cosmos, contribuindo em escala humana para a plenitude do espírito e o usufruto da matéria. desde que ouvi a tua voz os pássaros parecem cantar música inefável, o múrmurio do mar é um queixume de cio, todos os ruídos conspiram numa mesma sinfonia tão caótica como bela. desde que provei a tua pele que tudo me sabe a sede de ti. desde que entrei no teu corpo que o mundo cá fora me parece o caminho até à tua boca.

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