sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

mérito

Estamos há horas na relva, acompanhados da sombra generosa desta árvore. Trouxemos livros, frutas, vinho, pães, alegrias. O cansaço que o corpo gritava, fruto de trabalhos intensos, agora silencia, acalmado. Enquanto você desenhava, estreando seus lápis novos, eu seguia minha leitura. Recolhi o livro, peguei as agulhas e voltei ao tricô. Preparo o teu agasalho, para o inverno que teremos. Agora, meus olhos embriagados ganham a visão de teu corpo, preparado para o mergulho. Todos os meus sentidos despertos, acompanhando teus movimentos. Tiras a roupa, exibe teu corpo forte, e o bronze da tua pele constrasta com a tonalidade azulada da água. Chegas na beira do rio e as águas frescas se oferecem. Quando mergulhas, me crispo. Quero teu corpo, teus movimentos, tua alegria. Em algum instante, voltas o rosto para minha direção e me convida: a água está deliciosa, vem! Feliz, excitada, nua. Teus braços me prendem. O frescor do nosso amor me embala. Tarde de amor, tarde luxuosa.

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