terça-feira, 4 de dezembro de 2007

cofre

Queres que te apresente as razões, o movimento, a trajetória. Pretendes fazer um exame minucioso para entender como foi que aconteceu. Amado dos meus carinhos, vai ser a primeira vez que te negarei um pedido. Tudo começou como a chuva. E os dias chegaram como chegam os dias. Interrompidos, diariamente, por sua distinta face. E ao chegarem, as noites traziam estrelas e sons regulares. As pessoas caminhavam, como sempre. Os automóveis, iguais. As crianças, sempre as mesmas. As flores, mesmíssimas. Pai, mãe, cachorros, caixas, livros, gravatas, anéis, estátuas, dinheiro, notícias. O mundo, meu bem, idêntico. Em mim, uma estréia, uma passagem. Em mim, para sempre, e até antes, tudo fora do lugar. Eu, outra. Eu, que agora em tudo que vejo e em tudo que faço, só sei exercer a vida assim. Eu sou o amor. E meu amor é teu.

1 comentário:

mari celma disse...

Esse seu cofre, quantas combinações possue? E esse seu eleito, ouve?Vê?Tateia? Por quê é um pecado deixar passar alheio essa sua fotografia de menina...que o flash não imaginava nunca capturar tanta generosidade.
Só posso dizer que Cofre ficou bonito e de uma delicadez miguilina. E ao lê-lo percebi que vc também sabe fazer saudade!