sábado, 22 de dezembro de 2007

mergulho

A superfície instável, balanços e certa naúsea. Um peixe amarelo saltou. Cobrinhas ágeis, em vários tons de rosa, faziam uma coreografia horizontal. Era noite e vaga-lumes intercalavam luz e sombra. De repente, comecei a entender o que me diziam os olhos daquele cachorro alegre. As flores abriam e fechavam as pétalas, aceleradas. Lembro-me, nitidamente, que as árvores se cumprimentavam, fazendo reverências. Gatos azuis sorrindo sempre. A mesa estava posta, e havia alimentos infantis em toda a extensão. Tão bonito ver os pirulitos girando, o castelo de barras de chocolate. Para cada sabor, as balas cantavam uma canção diferente. Guloseimas, de todas as cores e tamanhos. Acho que vi alguns esquilos vestidos de pingüins. Fui ao teatrinho, depois do ópio e do nosso primeiro beijo.

1 comentário:

mari celma disse...

Nunca tinha pensado em ópio e mergulho assim causa e efeito. Ópio lembra transe, elevação, no entanto, nunca tinha cogitado: mergulho. E saltei junto e adorei o pisca-pisca vaga-lume...mergulho que não afoga, mergulho mudo num outro mundo ensurdecedor.