terça-feira, 25 de dezembro de 2007

natal

Mar alto e um pinheiro iluminado. Colcha de estrelas sobre nossas cabeças. Maria e José no presépio em movimento. Vieram reis, os escritores, e as trovas repercutem pelos séculos. O nosso amor espalhado pelos ventos circulares. De vez em quando vulcões e granizos destemperam. Já nos amamos em noites de desesperos. Feras grunhindo lá fora. Veio a seca que fez deste chão, deserto. Tempos em que os corações endureciam. Águas más, ímpetos de chuvas. Mora em nós o amor anunciado. Boas novas e algumas crucificações. Somos o pai e a mãe do grão precário que humaniza. Ninho e cerca desta vida nova. O presépio se desmonta. Sigamos neste mar aberto, destinados ao acaso. Embalemos este filho até a ressurreição.

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