terça-feira, 11 de dezembro de 2007

embarque

Pus na mala um vestido florido amarelo, de tecido levíssimo. Lá fora há inverno e chuvas velhas. Não é útil minha bagagem. É uma caixa de mágico. De onde vou retirar apenas o que te traga brilho nos olhos. Festa para teus sentidos. De uns tempos para cá, esqueci os meses e aprendi a trajetória dos segundos. Estes últimos, que me separam dos teus braços, são a eternidade. O coração já chegou, aos saltos. E antes dele, os céus que eu via lá do alto. Tudo que viveremos agora existiu primeiro nos meus sonhos.

1 comentário:

mari celma disse...

A vontade que esse post desperta é a de embarcar junto...pois as paisagens dessa viagem sugerem muito...imperdíveis segundos...um mundo...horas.