quinta-feira, 22 de novembro de 2007

bárbara

Nunca é tarde, meu amor. O encantamento é de mil anos. As heras formam o esboço de arqueologias. Planuras que não acabam. Haverá tempo para minha coleção de pétalas, guardadas nos livros de poemas que me dedicas. Tua coleção de selos e países acrescentada. As árvores frutificarão, de sobra. Pão eterno, do trigo vário, bem disposto. Serei madrinha das sereias e tu, treinando lutas ainda, com os dragões. Nunca é demais. Terei outras faces e outros nomes. Viajarás ilhas e no teu cansaço, mulheres te acolherão, para meu desespero e fúria. Tenho ciúme das tuas gerações. Invejo todos os teus disfarces. Pousa tua mão sobre meus lábios, para que eu não amaldiçoe as outras. Já queima em mim, me alerta, a descendência que é teu futuro. Pousa sobre minha testa um beijo que me acalme. Entregue a mim o teu amor sem pressa.

1 comentário:

mari celma disse...

Bárbaro...o post é uma reunião adjetiva sem fim...tão bonito...vcs dois parecem sabiá de terreiro, cantam bem, cantam...