quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

pingo

em noites de maior desaforo, o corpo apetece-se a si mesmo. no escândalo da distância, a pele ecoa o teu nome em silêncio e furor. são as noites em que uivaria à lua, perseguiria o vento ou morderia a espuma das ondas, como um alucinado exercendo-se em imoderação e excesso. não fosse a generosidade conspícua e discreta das mãos, e arderia o meu corpo em desolação e exílio.

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